Quando nascemos...

... trazemos connosco um bilhete vitalício para esta Montanha Russa a que chamamos vida. É sem dúvida o carrocel mais louco e incontornável que andamos. Não sabemos nem estamos preparados para entrar noutras montanhas em paralelo!

Por mais voltas que se dê neste louco carrocel, nunca conseguimos decorar nem ter a certeza do percurso que se vai atravessar, da emoção que se vai vivenciar ou da pessoa que estará ao nosso lado a partilhar a adrenalina, a ansiedade, o medo e a loucura do momento.

Hoje o carrocel foi louco. Naquela volta rotineira em que os passageiros vão de mãos largadas por tomarem certa a volta louca, deparámo-nos com a ausência de chão ou mesmo tecto que nos pudesse amparar.

A minha G caiu da sua montanha sem que eu da minha a pudesse alcançar.
Pela primeira vez tive medo da montanha dela. Carrocel mau.
Felizmente nada a derruba. Só o soninho, que acaba por não a derrubar mas sim ajudar a andar na montanha louca dia após dia.

É impressionante como sou o cinto de segurança da tua montanha, quando na minha eu ando de alma e corpo livre. Na realidade o que mais custa é dizer que está tudo bem quando eu própria tenho vontade de ter lá a minha mãe.

Que medos que me dás.
Que alegrias me trazes.

Hoje a montanha deu cabo de mim. Mas amanhã lá estarei.
Na minha de corpo livre, na tua como segurança.