quarta-feira, março 30, 2011

Não...

... não morri. ... não fiquei sem dinheiro para pagar a net. ... não fiquei farta disto. ... apenas tenho andado como sempre, ocupada a viver a minha vida!


A vida rola e os dias passam. Tenho vivido entre trabalho e experiências familiares diárias.

A 'ela continua como ela é, deliciosa. O 'çalo entre febres súbitas que como aparecem felizmente desaparecem, esbanja sorrisos sempre com um único interesse: "pega-me que eu quero é estar bem junto de ti!" e o resto além de se manter é como já muitos diziam: "o resto é conversa!".


Pois que, hoje vou divagar entre temas das minhas rotinas.

Se para quem me lê se perde nas ideias, eu cá agarro-me a elas e sinto-as em cada palavra. Março passou e voou. Trouxe-me a minha Primavera. Adoro-a. Flores, Sol, dias longos e até a palavra alergias me soa a algo posítivo com tudo o que isso significa!


Depois houve tempo para amar. Amá-lo a ele. Discutir com ele também :).

Parabéns à avó mais linda do mundo que desculpem,mas é mesmo a minha. Que me criou e eu tanto amo. Que depende tanto de mim como eu dela.

Parabéns ao mano que é meu. Podia ser teu, dela ou do outro, mas não, é meu. E porquê? Porque eu mereço. Cada um tem aquilo que merece ;)! Ele fez anos e eu estava tão longe... mas sempre perto!

Houve ainda tempo para "gritar" ao mundo que a família vai novamente crescer... calma não sou eu (ainda...). Atrás de uma tristeza vem sempre uma alegria e por ter sido quem foi gosto de pensar que é por isso que este/a que lá vem!

Obrigada Yonta por fazeres tantos de nós tão feliz (apesar do estado meio amorfo em que te encontras acredita que estás não só feliz mas muito feliz!).

Março também trouxe uma boa e uma má nova. Mas se aconteceu era porque não era suposto ser já. Beijinho estrelinha que mal apareceste foste para o céu. Mesmo assim és uma estrelinha amada!


Houve amigos, encontros e jantaradas.

Houve espectáculos, lanches e convívios.

Houve trabalho, trabalhos e cadilhos!

Mas no meio de tudo isto houve dia após dia, novidades no crescimento e evolução espantosa da minha menina! Dia após dia, surpreende no seu vocabulário pós-tosco que nos presenteia. As viagens casa-trabalho-casa são dignas de serem filmadas a cores e com som stereo!


Entre tantas coisas, as que me recordo e que comento para um dia voltar a ler e rir:


1) "mãe, quê música!", "olha 'ela este carro não tem rádio", "tá bem", passam uns segundos começa a cantar um tema inventado à pressão em que coisas se percebem e outras não, entre as quais umas bem giras diga-se: "a mãe é minha, é silvia, é bonita, é minha,... a mãe ralhou...", nisto digo-lhe "a mãe ralhou 'ela? quando", "não foi hoje mãe, nouto dia!".


2) Gabriela queima tempo para não ir para a cama, quando a repreendemos, ela começa de certa forma a fazer-se de palhaça e a "gozar" connosco quando tornamos a conversa mais séria: "Gabriela estás armada em esperta? Não te rias quando estamos a falar contigo estás a ouvir?", nisto ela junta as mãos abertas em paralelo com as suas bochechas e diz: "mãe, óia para mim, não estou a rir!" com a certeza mais séria do mundo!


3) atrasada para o trabalho, os miúdos no carro e um bolo na mão esquerda para que a 'ela não veja e me "saque" o meu pequeno-almoço sigo decidida ao volante do meu carro. Nisto oiço: "mãe, tás a comer?", "não filha", "tás sim, é o quê?", "é pão com manteiga" (ela em casa não tinha querido mais pão com manteiga), "não é não", "É, é!", "Não é não", "É, é", instala-se um silêncio no veículo e nisto: "mãe, a gabiela quer pão com manteiga!" primeiro cheque-mate feito pela filha, segundo apanhada a mentir pois tive que lhe dar um bocado e ela quando viu que era bolo diz: "mãe, isto não é pão com manteiga!" e eu: "pois não filha, é bolo e era a brincar... surpresa!"


4) "mãe, o Tomás também tem um cão gande!", "ai sim, qual Tomás?", "o Tomás Tavalho" (que é como quem diz Carvalho), "e tu disseste-lhe que tens 2", "sim a Pintas, o Balú e o Rico!", "ai o Rico também é teu, não sabia, mas sendo assim não são dois são três!", "pois é mãe, sabes tudo!"


5) A sair do banho: "mãe, a Biela tem 1 pipi", "pois é filha", "e a mãe também tem um pipi", "pois é filha", "o pai tem dois!" risada geral... quem vai perceber a lógica matemática e visual daquela cabeçita?!


6) Depois de tocarmos insistentemente à campainha na casa dos meus pais que nunca mais abriam a porta: "Mãe, é o Luis a cagar" !!! traduzindo: Luis é o avô, a cagar é se calhar. Quando não abrem logo a porta, é porque o meu pai está sozinho e só passado um bom bocado ouve a campainha e vai à porta daí o: "Mãe, é o Luis se calhar!" dito by 'ela!


7) "Gabriela qual é o teu nome?", "gabieua", "mas o teu nome todo, completo", "Gabieua de cao e caneua" (gabriela de cravo e canela!) - este é um processo em evolução constante, começou com aiê, para 'ela, para 'biela e agora gabieua!


E tantas outras estórias que agora nem me passam mas obrigatoriamente tenho que escrever ao lembrar-me para nunca mais as esquecer. Esta menina cresce à velocidade-luz e eu não sei se gosto disso...


Nisto, há ainda notícias de quem tanto gosta que se vai para outros lados. Portugal não está bom para quem o ama. A sorte pode ser que esteja lá fora e apesar da saudade que isso já me traz, do dia para noite 3 famílias amigas vão à procura de um sonho noutras fronteiras. Com sorte e uma estrela guia espero eu.


E é assim. Assim se espera então Abril. Já com um novo horário que nos traz uma nova luz para futuros jantares que vão começar naquele que diz ser o dia das mentiras... vem daí ó mês das chuvas!

sábado, março 12, 2011

Hoje é dia de...


A lembrar os antigamentes, a fazer valer a costela comunista que tenho e herdei dos meus camaradas familiares, como parte integrante de uma geração que se vê aflita (apesar de não me puder queixar), hoje pretendo me unir a outros que temem pelo seu futuro, uns porque já sofrem, outros porque têm medo de vir a sofrer e outros, senão todos que estão fartos de ver sofrer.
Não acredito que resolva, até porque em paralelo a este processo já se alinham novos planos de austeridade completamente incompatíveis com as vidas dos portugueses mas pelo menos manifestamo-nos. Não falar é estar morto, e eu cá estou bem viva (e quase que pronta para os "matar")!
Vamos lá Biazuda que a multidão espera-nos... (e qui ça senão o teu Che?!)

sábado, março 05, 2011

My Carnival Life...