Cada Natal que passa...

... recebo menos prendas! Apesar de compreender confesso que me irrita, este sentido inverso de lógica: quanto mais velha menos presentes! Então não sabem que uma pessoa com a idade volta a ser criança, logo precisa de mais prendas?

Nem o meu mais-que-tudo, com a cabeça noutros assuntos me surpreendeu como costuma ser seu hábito. Perdoo mas não esqueço aviso já!

Em compensação, a minha G ficou com os presentes todos que o Santa trazia! Tenho em crer que mais nenhuma criança levou presentes... como é possível?!

Para o Natal dos meus filhos quero o encanto que eu e o Ricardo vivémos.

Lembro-me do fantástico que era passar o Natal na minha infância, no deitar e não conseguir adormecer a pensar nas prendas que iria abrir de manhã. No despertar forçado por mim mesma, depois de uma noite mal dormida e obrigada que era superada por alegrias imensas por no máximo de 10 prendas que recebia (e acho que já estou a exagerar no número!). Com a dupla G teremos que educar. Educar o receber num mundo tão consumista, ao qual eu sou muitas vezes a primeira a ceder!

Sou culpada por a mimar e oferecer tudo o que sei que possa fazer saltar aqueles olhos pestanudos, profundos e tão sinceros como o sorriso que logo a seguir se faz adivinhar pelas surpresas que lhe aparecem. Há que tentar controlar as normas e fazer cumprir juizos de valores e maneiras de estar que gosto e prezo ver.

Não acho piada a impulsividades fúteis de crianças a abrir presentes como se de garrafas de oxigénio se tratasse!

Assim o Natal cumpriu-se com a família em harmonia. Este ano não houve exageros alimentares como noutros anos e só tenho ali restos para uma semana! A G foi para a cama um pouco mais tarde (22h30), mas obrigatoriamente antes das 00h apesar de ir contrariada. Bem sei que queriam que ela ficasse o que agravaria a futilidade da abertura dos presentes devido ao cansaço ou que tentaram sabotar a hora de abertura dos presentes, mas a tradição é para se manter. (curioso como quando éramos crianças estes mesmos pais e tios, agora avôs ficaram tão moldáveis às vontades das crianças!!!).

Depois de uma noite bem passada, eis que surgiu a incapacidade de adormecer numa palpitação de ansiedades por aquilo que a minha pequena iria viver e ainda nem sabia... afinal deixámos as bolachas e o leitinho junto da lareira e explicámos o porquê, mas esta nova aprendizagem pode não ser logo assimilada uma vez que não faz parte duma rotina diária nas nossas vidas.

Assim no dia 25, a madrugadora cá de casa decidiu prolongar o seu sono até às 9h30, obrigando os seus pais (em pulgas) a acordá-la! Depois de largar uns "pai sai... fecha a janela... mamã não queio!", vislumbra um presente e larga um "Óia, uma penda!" e pronto largou o sono!

Seguiu-se um carreiro de prendas pela escada fora que o Pai Natal deixou cair do saco, uma olhada a um prato e copo vazios (o Pai Natal vinha com fome!) e um quase ataque de bater de olhos quando chegou à árvore de Natal! Ficou simplesmente estarrecida e ria. Nem sabia em qual agarrar. Ainda bem que esperámos pela manhã seguinte, como dantes vivi tudo! Depois de uma dezena de presentes e quando uma superficialidade se começou a fazer notar, parou-se a abertura de brinquedos e vai lá brincar com os brinquedos que a X, a Y e o Z pediram ao Pai Natal para trazer para ti! Há tarde abriu mais uns quantos e no resto da semana vai abrir outros quantos... ao longo da semana... que exagero!

Hoje levámos o dia a dizer: "quem deu?", "foi o Pai Natau!"... "sim, foi a X que pediu ao Pai Natal para trazer!"

Parece que pedimos muito de uma criança tão pequena perceber que alguém pede a outro que lhe traga algo, mas acreditem que ela consegue muito mais ;)!

Ainda se juntaram as prendas do mano, que ela adorou para além de abrir, brincar, diga-se de passagem.

E assim se passou o Natal, com ausência sentida do meu mano mas que de certa forma compensei, e desde já agradeço a sua sempre boa-disposição nesta quadra (ahahah)... outros natais teremos!

O dia de hoje foi marcado pela primeira papa do meu litlle menz. Amanhã faz 4 meses e apesar de estar bem gordinho e de a médica ainda não ter recomendado, dei início às papas. De cereais e frutos. Bem preparada, lá fiz meia dose de papa e meio-biberão para o caso de, a iniciação à papa se revelar uma frustração como com a G. Surpreendentemente, o meu menz adorou e esperou dignamente entre colheres, com a ajuda da xuxa. Choramingou uma ou outra vez, mas no geral da coisa o saldo foi muito posítivo. Até a G ajudou a dar uma ou outa colher! Era vê-lo a saborear estes novos sabores... uma delícia este menino.

Ficam as fotos... de salientar que a minha G fugia às camâras... queria era brincar! Já o G não tem como fugir... ainda!

Nos entretantos fiquem-se com John Lennon e o seu "And so this is Christmas, and what have you done?", como que em análise de um ano que passou e que deve ser pensado a fim de evitar erros e melhorar atitudes para o novo ano que se adivinha.

Até já, oh oh oh!