... que a coisa resolve-se.
Pois que estava aqui a navegar pelas páginas do Destak Netiano, quando me deparo com o titulo "Descoberto gene que influencia o mau comportamento". Fiquei curiosa e fui averiguar. Pois que diz que: "(...) os adolescentes têm maior propensão para a violência e para a criminalidade se tiverem uma versão menos activa de um gene - o MAO-A - que controla a agressividade(...). Assim, uma pessoa que tenha uma versão menos activa desta molécula tenderá a cometer actos violentos, podendo mesmo chegar a apresentar dez vezes mais hipóteses de cometerem crimes.".
Pois que tudo isto me parece muito interessante e acredito que muito disto para além de ser verdadeiro, deve justificar parte da revolta, inconsciência e isolamento das mentes que atravessam a chamada fase da puberdade (ou fase parva!).
Contudo, eu também já passei por isso e meus amigos, não foi assim há tanto tempo, uma vez que, apesar de modéstia à parte sempre ter sido madura e responsável para o que me interessava, outra parte de mim vivia numa constante revolta e indignação para com o mundo em geral até depois dessa mesma fase, uma vez que, sempre gostei de enfrentar e ser do contra!
Parece-me a mim que muita desta violência se resolvia com violência doméstica. Não pensem que sou a favor dessa mesma, mas acredito piamente que uma cacetada nos cornos bem dada pelos responsáveis pelas criaturas na devida altura e um castigo à maneira, iriam resolver metade dessa chamada revolta adolescente!
Sim, chamariam nomes aos pais, intoxicariam-se em cigarros e álcool (e outros estupefacientes que tanta alegria nos trazem por escassos momentos), mas era aí com todas essas experiências que iriam crescer, diante situações constrangedoras e figuras estúpidas que os próprios fariam, mas sempre para seu bem!
Vou ser mãe, é vero que certamente não serei tão rígida como os meus pais (que eram uns grandes malucos), mas não me vejo a suportar certas situações com que me deparo hoje em dia (apesar de não dizer nunca!).
Acho piada aos cabeçalhos dos jornais e notícias de abertura dos telejornais. Tanta palha por um professor puxar a orelha ao menino, ou virá-lo contra a parede com fita-cola na boca... ai que tudo isto é chocante. No meu tempo, a malta estava a levar reguadas (que doiam que se fartavam quando passavam só de raspão...) mas nem sequer pensávamos na dor. Só pensava em duas coisas: primeiro "assim que chegar à mesa ponho as mãos nas pernas da mesa que são de ferro e arrefecem as palmas da mão!" e segundo "espero que a professora não diga nada à minha mãe senão quando chegar a casa espera-me mais!". Ai ai, bons velhos tempos. E mesmo assim, a professora era a nossa boa amiga, aquela que ainda todos nós nos lembramos e que ficava em frente a um quadro enorme escrito com um giz muita manhoso: Sacavém, 10 de Outubro de 1984.
Hoje todos os pais gostam mais dos filhos do que antigamente. Afinal não se pode trocar na criancinha que fica psicológicamente atrofiada...
Descobri que os meus pais não gostavam de nós (de mim e do meu mano), queriam o nosso mal ao repreender-nos, bater-nos e ao pôr-nos de castigo. Ao levar-nos à escola para aquela Senhora Má que nos castigava e que mesmo assim nós gostávamos. Que me deixavam à responsabilidade de outros adultos que tinham as mesmas atitudes. Pais maus os meus que mesmo assim eu gosto (tal esta mente foi perturbada e vencida pelos jogos psicológicos parentais!).
Mesmo assim digo e sublinho, chamem o Luís Fílipe que a coisa passa e grande parte dessa violência e revolta sentida por parte desses mesmos jovens é falta daquilo que não tiveram e que querem agora vivenciar com a dor, vergonha e humilhação de outros que se deixam subjulgar.
NOTA: O Luís Fílipe é o meu papá!
4 comentários:
Até eu tive que ir um dia ao AC Santos comprar cervejas ao Luis Filipe se não a coisa azedava...lindo..e ele: "Mas porque é k vai a Ana e tu ficas aki Silvia??"...ai se ele soubesse...até eu levava:)
E a Maria Vitória?A rainha das armas de arremesso caseiras..ferros de engomar..bancos..era lindo viver naquele prédio onde por vezes aparecias pendurada na janela do 6ºandar..Beijos com saudades da puberdade:)
Assino por baixo o que a minha amiga diz. Hoje os pais "não educam" os filhos, em vez disso "compram" / amor na forma de jogos e PSP. Para ti, a solução seria o Sr. Luis Filipe, para mim era a D. Maria Palmira, que nos seus "melhores" momentos era chamada de "Fininha". Não posso dizer que todas as que apanhei fossem justas, mas muitas também não me fizeram mal.
Por isso eu defendo, a contragosto de muitos inclusivé da minha "Mãe de Santo", que uma palmada na hora certa cai sempre bem, nem que seja para baixar a poeira.
E, isso não me parece que faça de alguém mau pai / má mãe. Talvez o acto de amor traduza-se aí, em vez de ter um filho "´pré-adolescente" me mande para a m... à frente dos amigos como esta semana vi acontecer. Naquele momento senti uma onda de muito "amor", e, desejei ser mãe daquela criancinha e espetar o meu "amor" nele!
Bela homenagem aos "pais á antiga" nos quais eu me incluo e ao teu pai que fez um bom trabalho ao criar um "monstro" de argumentação ;)
Bjs
....cá para estes lados era a Sãozinha q levantava a mão, as filhas aguentavam-se a bomboca e o Julinho chorava pq as filhinhas apanhavam, era lindo :):):)....
bjs
paulinha
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